HD's e CD-ROM's

Faço confusão entre setores e clusters, são a mesma coisa?

Aurélio: Não! Tanto trilhas como setores são formados na formatação de baixo nível que não é direcionada para o sistema de arquivos FAT, mas para qualquer um. Os clusters são definidos na formatação lógica promovida pelo sistema de arquivos como o sistema FAT (16 ou 32). Um cluster nada mais é que um conjunto de setores e é a menor unidade de alocação do sistema de arquivos. Os setores têm sempre 512 bytes, portanto o menor cluster possível é o deste tamanho. Por outro lado um cluster de uma partição de 2 GB em FAT 16 terá 32 kB, ou 64 setores. Isto se deve à limitação de endereçamento da FAT 16, que com 16 bits somente pode endereçar 65.536 clusters (2 ^16). Como o tamanho máximo de um cluster em FAT é de 32 kB, a dimensão máxima da partição neste sistema é de exatos 2 GB ( 65.536 x 32 kB).

Andei lendo o tutorial sobre HD's, mas não consegui entender direito o por quê de algumas coisas. Hoje em dia a tecnologia mais atual são os HD's UDMA, os quais possuem uma taxa de transferência e 33,3 MB/s. Pois bem, foi descrito também que as atuais controladoras não conseguem ler a mais de 10 MB/s, sendo asssim os HD's PIO MODE 3 ou PIO MODE 4 são mais do que suficientes, segundo a taxa de transferência impressa pelas controladoras. Após ler isso fiquei em dúvida qual seria a vantagem de ter HD's UDMA!?!?!? Pois bem, gostaria que me explicasse qual a vantegem dos HD's UDMA, e se há vantagem em comprar uma cotroladora SCSI apenas para controlar um HD, pois pelo que sei a vantegem de uma controladora SCSI é você poder ligar várias coisas nela, assim ela seria melhor utilizada.

Aurélio & Bhagavata O que acontece é que raramente qualquer HD rompe a barreira de 10 MB/s em leitura normal; este fato pode ocorrer apenas nos casos de leitura seqüencial, mesmo nos HD's UDMA. Neste caso, a velocidade de uma IDE modo PIO 4 que trabalha a até 16,6 MB/s já seria mais do que suficiente para qualquer HD IDE. Porém, apesar disso, é bem melhor comprar um HD UDMA, não só por que ele é UDMA, mas por que estes HD's por serem mais recentes, invariavelmente são fabricados usando-se técnicas de fabricação e tecnologias mais modernas, resultando em HD's mais rápidos e confiáveis.

Quanto ao SCSI, é importante saber que um HD não é mais rápido somente por ser SCSI. Uma controladora SCSI moderna permite taxas de transferência altíssimas, uma Ultra-2 SCSI por exempo, permite a passagem de até 80 megabytes por segundo. Esta velocidade porém só fará sentido caso tenhamos vários HD's.

Se você tem um carro velho que só anda a 70 km/h, tanto faz andar numa estrada onde o limite de velocidade seja de 80 ou 120 km/h, pois de qualquer modo o seu carro só andará a 70 km/h. Similarmente, apesar desta controladora Ultra-2 SCSI suportar até 80 MB/s de passagem de dados, se o seu HD só é capaz de enviar dados a 10 MB/s então você simplesmente vai ter uma controladora semi-ociosa. Caso você acople 8 HD's que leiam dados a 10 MB/s nesta controladora, então passará a usar toda a sua velocidade.

Outra vantagem das controladoras SCSI, é que elas usam menos o processador durante as transferência de dados do HD, resultando em uma máquina mais rápida. Porém para uso doméstico ainda defendendo o uso de HD's IDE por serem muito mais baratos.

Sou novato no assunto e prefiro fuçar e pedir ajuda do que pagar um técnico. Gosto de aprender e fazer as coisas sozinho. A minha dúvida é simples: posso ter 2 HDs no meu PC? Como devo proceder para instalá-lo?

Bhagavata: Claro, você pode ter até quatro HD's IDE no seu micro. Para instalar o 2º é fácil: Abra o micro e o conecte na extensão do cabo que sai do seu HD principal, não esquecendo de jumpear o seu novo HD como "slave". No próprio HD você encontrará o esquema dos jumpers. Ligue o cabo de força no local apropriado (só encaixa em um lugar). Depois disso feche e ligue o micro, entre no setup e faça-o reconhecer seu novo HD, procure no setup uma opção chamada "Auto Detect IDE HD". Depois disso é so rodar o fdisk para particionar o novo HD e em seguida formatá-lo usando o comando format.

Olá gostaria de saber qual a melhor solução para o problema de espaço no HD: usar a FAT32 ou compactação, qual das duas soluções é melhor indicada? Ouvi dizer que a FAT32 reduz um pouco o desempenho do computador, em relação à FAT16, caso positivo teria vantagens em usar compactação, normal no drvspace? Obs: por motivos econômicos, não pretendo adquirir um novo HD.

Bhagavata: O único jeito de acabar com a falta de espaço no HD é parar de usar o micro :-) Mas falando sério, você pode obter uma boa economia de espaço usando a FAT32. Como já disse anteriormente, devido ao melhor aproveitamento do espaço em disco, consegue-se uma diminuição do espaço ocupado entre 15 e 50%, uma economia considerável. Devido ao maior número de clusters a serem gerenciados pelo SO, a velocidade do acesso a disco cai um pouco: cerca de 3 a 5%, imperceptível na prática de qualquer forma.

Eu não recomendo a ninguém o uso do drivespace, pois ele diminui MUITO o desempenho do disco e do sistema como um todo, isso fora outros problemas. Lembrando-se que não se pode compactar um disco formatado com FAT32.

Tenho um HD Quantum Fireball 1.08 GB, estou para adquirir um Quantum Fireball 6.04 GB SE Ultra DMA, pretendo colocá-los junto em um PII. Minha dúvida é se este HD de 1.08GB que é bem mais lento, ira influenciar na performace do outro, ou vice-versa, posso utilizar um HD Ultra DMA, com outro que não é.

Bhagavata: Você poderá usar os dois HD’s na mesma máquina sem problema nenhum, porém para não degradar a performance dos seus HD’s, deixe um como Master da controladora IDE primária, e o outro na IDE secundária junto com o CD-ROM, assim ambos não irão compartilhar o mesmo barramento de dados e haverá quase nenhuma perda de performance.

Qual a diferenca entre ligar o CD-ROM na IDE secundária ou na placa de som? Existiria diferença na performance?

Aurélio: Depende do CD ROM, os CD ROM's 8X produzidos pela Creative (todos os de 8 eram da Creative mesmo, que começou a produzir na era dos de 4X) eram mais velozes quando operando na IDE da placa de som, isto pq estas interfaces eram otimizadas para acelerar os leitores desta marca, em compensação o consumo de CPU durante as transferências superava os 80!!! Mas para leitores modernos não se deve utilizar IDE's ISA, isto pq apesar de o barramento ISA 16 bits funcionar a cerca de 16 MB/s (2 bytes x 8 MHz) as IDE's que operam neste barramento raramente alcançam velocidades efetivas acima dos 4 MB/s. Como um leitor de 32X pode atingir até 4.800 kbytes/s, quando operando em um trecho mais externo dos CD's, a IDE ISA pode se tornar um fator limitante. Portanto se o seu leitor for veloz nào instale em uma IDE ISA, pois ela porá ser gargalo no desempenho do seu CD-ROM.

Estou instalando aqui no meu computador três HD's (6.4GB; 2.1GB; 270MB) e um CD-ROM e estou pensando em instalar da seguinte forma: na IDE primária: Master - HD 6.4 GB (c/ win NT) Slave - HD 0.27 GB (exclusivo p/ backup). Na IDE secundária : Master - HD 2.1 GB (c/ WIN95) Slave - CD-ROM. Vale ressaltar que o NT vai ser usado p/ trabalho e o backup dos principais arquivos serão feitos no HD de 0.27 GB. O WIN95 vai ser usado p/ games & afins... Tá certo assim ou devo instalar de outra maneira?

Bhagavata: Bem, nesse caso eu recomendaria você colocar o de 6.4 como master primário e o de 2.1 como master secundário, o CD você pode colocar como slave do de 6.4 (já que como você falou, usa ele raramente) e o HD de 270 como slave do de 2.1, pra não prejudicar o de 6.4 na hora de fazer os Backups. Só não coloque o swap no de 270 pois ele é muito lento, deixe os swaps tanto do win 95, quanto do NT, em partições do de 6.4 com fat 16. Nesse caso, tanto o swap do win 95 (por estar usando o outro HD) quanto o do NT (por estar usando uma partição do HD mais veloz) serão otimizados. O problema é que o fato de usar HD de 270 MB como slave do de 2.1 vai prejudicar bastante o desempenho deste, o recomendável mesmo seria você aposentar este HD de 270 e deixar o CD como slave do de 2.1. Deixando o de 6.1 sozinho na controladora.

O que viria a ser Bus Mastering? Pra que serve?

Bhagavata: É uma característica suportada por algumas arquiteturas de barramento que permite que a controladora conectada ao mesmo se comunique diretamente com outros dispositivos do barramento sem passar pela CPU. Um HD com os drivers de Bus Mastering seria capaz de acessar diretamente a memória, sem ter que recorrer ao processador, o que além de melhorar o desempenho, não consumiria a CPU que ficaria livre para fazer outras coisas.

Gostaria de receber auxílio para configurar os seguintes dispositivos em minha máquina:

1 HD Quantum Fireball 3.2 GB
1 HD Quantum 840 MB
1 drive CD-ROM 4x

O que é master, o que é slave, o que é primary e o que é secundary? Qual cabo liga no que e aonde ?

Bhagavata: No seu micro você pode conectar até 4 dispositivos IDE, como HD's e CD-ROM's, existem duas controladoras e cada uma comporta dois dispositivos, uma é chamada controladora primária e a outra de controladora secundária, como cada controladora suporta dois dispositivos, um deverá ser configurado como master (mestre) e o outro como slave (escravo). Assim o dispositivo Master da IDE primaria vai ser chamado de Primary Master (mestre primário) e o Slave da controladora secundária vai ser chamado de secundary Slave (escravo secundário). Recomendo que você coloque o seu HD de 3.2 como Primary Master e o seu outro HD junto com CD como Master e Slave da controladora secundária. Tome os seguintes cuidados:

  • Desligue o micro e por precaução desligue da tomada.

  • Ao abrir, coloque o micro em uma mesa de madeira ou então com um plástico em cima. (estática).

  • Antes de mexer em qualquer coisa dentro, descarregue a estática das mãos. Você pode fazer isso tocando em um pedaço de metal que esteja parcialmente aterrado. Ou então use uma luva de borracha. Pois se você estiver carregado com energia estática, um leve toque pode danificar a sua Mother Board.

  • Tome cuidado pra não inverter os cabos do HD. Não é só encaixar, tem uma maneira certa de colocar, preste atenção no encaixe e também na indicação de "pino 1' que deve coincidir com a indicação na MB e nos HD's.

Ando meio desconfiado do desempenho de minha máquina, principalmente do HD. Tenho uma VX-Pro, Adaptec 2920 e Quantum Fireball TM 3.2 SCSI, que apresenta um desempenho bem semelhante aos discos IDE.

Aurélio: Esse HD opera em interfaces Ultra SCSI e tem um desempenho igual ao dos seus irmãos IDE, portanto bastante inferior aos modernos Fireball ST ou SE, independente de serem ou não UDMA. Sua controladora SCSI trabalha apenas no modo Fast SCSI e somente com interface de 8 bits-narrow, tendo, portanto uma largura de banda de 10 MB/s, mas de forma alguma é gargalo para o desempenho do seu HD, a menos que você tenha "pendurado" uns três discos desses nela.

Vou abrir um parênteses aqui para esclarecer três confusões feitas normalmente.

  • Um disco não é mais rápido simplesmente por ser SCSI.

  • Um disco SCSI Wide não é mais veloz que um irmão que trabalhe em interface narrow.

  • Um disco UDMA não é nem um byte por segundo mais veloz que um disco idêntico que não seja UDMA (quer experimentar? Instale um disco UDMA em uma interface que suporte no máximo PIO mode 4, verifique então que a velocidade será a mesma).

Por que isso? Porque o verdadeiro gargalo de velocidade dos discos não está localizado na largura de banda dos barramentos providos por essas interfaces. O verdadeiro gargalo está localizado na própria velocidade dos discos (aquela velocidade detectada nos testes físicos, uma vez que os testes lógicos englobam o uso do cachê feito pelo SO na própria RAM do sistema). Ora, os mais modernos discos IDE de hoje em dia não ultrapassam a casa dos dez megabytes por segundo em leitura física, isso em situações ideais, assim tanto faz esse HD estar instalado em uma IDE PIO mode 4 com capacidade para 16,6 MB/s ou numa UDMA com capacidade para 33,3 MB/s. Mal comparando seria como se colocássemos um carro cuja velocidade máxima fosse de 100 km/h numa estrada que admitisse trânsito a 160 km/h e depois o passássemos p/ uma estrada cujo limite fosse 300 km/h, ora como o limite do carro é de 100 km/h ele não será nenhum único quilômetro por hora mais veloz simplesmente porque passou para uma estrada cujo limite de velocidade é maior. Pergunta pedestre: porque então todos, inclusive você, aconselham a comprar um "veloz HD UDMA"?? Simplesmente porque os discos modernos com maior densidade, melhor tecnologia de cachê interno, mais elaborados elementos servo-mecânicos, maior velocidade de rotação, e POR ISSO tudo, ou apenas alguns desses fatores, mais rápidos vêm também aptos a operar em barramentos com interface UDMA. Ou seja, eles NÃO são mais rápidos por serem aptos a UDMA, mas todos os mais velozes IDE são também UDMA. Então qual a vantagem do UDMA?? Veja, com a velocidade de tranferência desses discos alcançando a casa dos 10 MB/s o antigo PIO mode 4 de 16,6 MB/s se torna um gargalo se dois discos usando o mesmo barramento (master e slave) quiserem transmitir simultaneamente, muito embora o simples compartilhamento IDE já degrade tanto o desempenho que dificilmente essa largura de banda seria o gargalo, mas sim a própria deficiência da tecnologia IDE em se tratando de compartilhamento. De qualquer maneira a tecnologia UDMA expandiu essa fronteira para 33,3 MB/s permitindo que dois discos no mesmo barramento sejam capazes de transmitir dados em velocidades muito superiores às que temos hoje disponíveis. Teoricamente seria possível que tivéssemos dois discos transmitindo simultaneamente a quase 17 MB/s cada ( ou um a 20 e outro a 13, por ex.). Os mais velozes discos SCSI também não vão muito além dos 10 MB/s em testes físicos. É claro que um barramento de uma interface Ultra-Wide SCSI, 40 MB/s, acomoda vários discos em acessos simultâneos, coisa que não seria suportada por uma interface IDE, além disso o gerenciamento do compartilhamento é muito mais eficaz em um barramento SCSI do que em um IDE, além disso o bus mastering SCSI ainda é uma vantagem, embora o bus mastering IDE fornecido pelos modernos chipsets seja muito eficiente. Por esses motivos, o uso de um disco SCSI somente se justifica, de um modo geral, quando for necessário o uso de uma unidade que exceda a capacidade de armazenamento de um disco IDE ou, principalmente, quando for necessário o uso de diversos discos na mesma máquina, já que a interface IDE além de ser uma péssima compartilhadora de discos (por isso devemos evitar usar discos slave) limita-se a dois discos por interface.

O meu CD-ROM Creative 8x está apresentando um problema terrível. Várias vezes ligo o computador e sempre que tenho que utilizar o CD-ROM ele não esta dando nenhum sinal. Tenho que reiniciar o computador várias vezes até que ele consiga funcionar. O que pode ser?

Bhagavata: Esse seu problema pode estar sendo causado por sujeira, ou mesmo um mal funcionamento do drive. Compre um CD limpador de lentes, daqueles que tem uma escovinha, você acha em qualquer boa loja de discos por no máximo uns 8 reais, você também pode abrir o drive e limpar manualmente, mas isso eu já não recomendaria. Pode também ser um problema físico do drive, tive um Creative de 12x há algum tempo atrás, que passou a apresentar sintomas como os do seu, no meu caso era problema com o motor que faz o CD girar que estava gasto e com uma rotação baixa, por isso tinha dificuldade em fazer os CD's girarem, consegui fazer ele durar um pouco mais trocando o motor principal pelo que abre e fecha a gaveta. Já vi outras pessoas com esse mesmo problema em CD's da Creative.

Qual é a diferença entre formatação lógica e formatação física? Como posso formatar fisicamente o meu HD sem ter que passar uma lixa sobre ele? :-)

Aurélio: O termo formatação física é usado quando se refere à uma nova remagnetização de trilhas e setores de um HD, que é feita em toda a sua extensão e sem esfregar, óbvio, a cabeça de gravação no disco, é tudo feito eletromagneticamente, aliás a cabeça de leitura/gravação é basicamente um eletroimã. Já na formatação lógica tudo ocorre a nível de sistema de arquivos, com uma formatação FAT, por exemplo, não há nenhuma gravação no restante da superfície do disco, todos os clusters, e quantos setores cada cluster vai conter, é definido a nível de FAT, ou seja, numa formatação lógica é criada apenas uma nova FAT e seus parâmetros. É por isso que você pode recuperar completamente os dados de um disco rígido mesmo após ter reparticionado e reformatado um HD, claro, os dados gravados nos setores continua intocados. O problema é que as controladoras IDE e SCSI dos discos modernos, que ficam no próprio disco, via de regra interceptam qualquer tentativa de formatação física de um desses discos e impedem que a mesma seja feita, isso porque esses discos são formatados fisicamente na fábrica e um processo constante de remagnetização de trilhas e setores pode levar à perda do mesmo. Portanto esses discos são feitos para serem formatados fisicamente apenas uma vez na vida, ao contrário dos antigos SCSI, MFM e RLL.

Eu comprei um gravador de CD que grava em 2x. Como todos sabemos, no momento em que se está gravando um CD a velocidade com que os dados são fornecidos ao programa são críticos pois se o buffer se esvaziar, ele pára a gravação e você perde o CD que estava gravando. Portanto a velocidade do seu HD (que normalmente é o seu "source" numa gravação é importantíssimo). Eu tenho um P233MMX rodando a 266, 64 SDRAM e um HD Quantum Fireball ST UDMA 4.3.. Ontem fiz uns testes de gravação em 2x e foi legal, aparentemente o HD era muito pouco acessado, a luz piscava levemente de segundo em segundo... Agora a pergunta... Será que posso fazer outras coisas enquanto gravo CD?? (Por ex, ficar navegando na NET ou baixando um arq), pois o meu medo é ter um overhead na CPU ou no acesso a disco e cair num buffer overrun.... pra gravar um CD a 2x eu preciso da taxa de 300 kB/s... No teste do programa de CD o meu HD deu 3.0 MB/s... gostaria de ter uma idéia do quão super dimensionado o meu sistema está pra poder efetuar outras operações durante esta gravação !

Lestat Vampire: A velocidade do "source" é um fator que deve ser levada em consideração sim, mas não se preocupe muito se você grava a 2x, pois a velocidade de seu HD é algumas vezes maior que isso e o buffer não corre o risco de se esvaziar assim, tão fácil. Eu diria que 50% da gravação do CD é de responsabilidade do software que o grava, já acessei muito a internet gravando CD's e utilizando o micro normalmente (com um programa que presta) e já perdi muitos CD'ss deixando o micro parado e de repente "BUFFER UNDER RUN" e ele cuspia o CD para fora.

Ligue: Easy CD creator deluxe 3.01

Desligue: Corel CD creator

Comprei um HD de 4.3 GB mas quando a formatei ele ficou somente com 3.9 GB. Por quê?

Bhagavata: Um kbyte em 1024 bytes, um MegaByte tem 1024 kbytes e um Gigabyte tem 1024 megabytes. Acontece que os fabricantes costumam arredondar pra 1000, ou seja, o seu HD não tem 4,3 gigabytes, mas sim 4.300.000.000 bytes, o que são apenas pouco menos que 4.0 gigas. Nem dá pra processar o fabricante por essa enganação, pois no manual (ou no próprio HD) vai ter escrito algo do tipo: "O fabricante se reserva o direto de considerar 1 Gigabyte como 1 bilhão de Bytes".

Comprei um HD Western Digital caviar de 6.4 GB e agora não sei como proceder na instalação. Como faço? Tem q ter algum programa? Devo formatá-lo?

Bhagavata: Depois de instalar o HD fisicamente, para usá-lo você precisará ainda particioná-lo e formatá-lo. Use o Fdisk que se encontra no disco de boot do win95, é só dar boot via disquete e digitar a:\fdisk o programa vai abrir e vai perguntar qual HD você deseja particionar, escolha o novo. Caso você esteja usando o Windows OSR/2 ele vai perguntar também se você deseja ativar o recurso de suporte para HD's de alta capacidade, responda sim para já particioná-lo com uma única partição em FAT32. Terminando, saia do Fdisk e formate o HD. Está pronto para usar.

O que é o HDD Block Mode? Para que serve?

Aurélio: Os discos rígidos antigos liam apenas um setor por vez a cada solicitação do BIOS, desta forma, para ler um único cluster de 32kb, por exemplo, o BIOS teria que enviar 64 comandos de leitura, um para cada setor que o compõe, já que cada um necessitava de um comando de leitura. Os discos IDE, pós 1993, possuem a capacidade de ler vários setores em seqüência com um único comando de leitura do BIOS, a esse tipo de leitura dá-se o nome de leitura em bloco ou "block mode". A quantidade de setores lidos em um bloco varia de disco p/ disco, os mais antigos liam apenas 16 clusters em um bloco, em geral os BIOS comunicam-se com os discos e ao habilitar o block mode será explorada a capacidade máxima de leitura em bloco de um HD. É importantíssimo habilitar essa opção no setup, pois a diferença de desempenho pode superar os 20%, ou seja, seu HD pode estar uma "tartaruga" simplesmente porque você não habilitou essa opção.

Tenho um HD IDE e um SEAGATE SCSI. Quando estou reproduzindo um arquivo de vídeo (que é longo), de vez em quando meu HD IDE insiste em acessar algo que eu não sei, fazendo com que a imagem dê pulos, pois o acesso do SCSI é momentaneamente interrompido. Não uso screen savers, qual pode ser o problema ?

Aurélio: O seu problema deve estar na fragmentação do arquivo em questão ou do arquivo de troca que eventualmente é criado durante a reprodução. Desfragmente os seus discos e crie uma partição, para uso exclusivo do seu arquivo de troca, no disco que for mais rápido (se o IDE for o mais veloz crie a partição aí, se for o SCSI crie a partição nele, caso você não saiba qual o mais veloz rode um programa de benchmarck para descobrir). Após a criação dessa partição (no min. 200 MB) transfira o arquivo de troca para a mesma e defina os tamanhos máximo e mínimo como iguais ao tamanho da partição. Se você tiver 32 MB ou mais de RAM defina o seu computador como servidor de arquivos, mesmo que ele não seja. Essa medida serve para aumentar as dimensões médias do cachê de disco feito pelo SO, se você tiver menos que 32 megabytes de RAM pense seriamente em ampliá-la.

Tenho um HD Fujitisu de 1.2 GB. Particionei-o em dois , 1.0 GB e 200 MB, respectivamente C: e D:. No começo correu tudo bem: instalei o win95 e todos os outros programas comuns a todos. Percebi que no painel de controle em sistemas o windows havia colocado um drive de controle de CD-ROM para essa partição D:. Não dei muita importância. Mas distraidamente e ingenuamente, mais tarde, retirei este drive, pois o mesmo estava com aquele ponto de exclamação que quase todos nós já conhecemos. Só que agora não consigo ter mais acesso ao drive D:, e todos as minhas informações mais preciosas estão lá. O que faço???

Bhagavata: Pelo que pude perceber, a sua partição de 200 MB está oculta, por isso que o windows instalou o CD como d: e agora você não está mais conseguindo acessar essa partição. Você pode torná-la visível através do próprio Fdisk, ou usando o Partitiom Magic, é uma operação simples, sem perda de dados.

Apaguei uma partição com o FDISK por engano e criei outra. Preciso recuperar os dados da partição anterior. O QUE FAZER????!!??! Já estou desesperado, são informações importantes!

Aurélio: Você utilizava algum utilitário de disco antes de particioná-lo? Você tem as seguintes opções:

  • Reparticione novamente o seu HD (usando de novo o Fdisk) exatamente como estava antes, com as partições do mesmo tamanho. Em seguida formate-os, isso mesmo, formate mas NÃO COPIE NADA PARA O DISCO. De posse dos discos de emergência que acompanha o Norton dê um boot por meio do disco 1 e execute o UNFORMAT. O UNFORMAT varrerá a superfície do disco em busca de uma cópia de antigas FAT's, se ele encontrar alguma ou mais de uma vai te indicar a data de cada uma e você vai escolher a mais recente. Se tiver sorte você vai poder recuperar alguns de seus arquivos, se tiver muita sorte (você teria formatado o disco antes de reparticioná-lo) você vai recuperar todo o seu HD exatamente como estava antes. Se tiver azar (o que é o mais provável) você vai ter que seguir o passo 2.

  • Como você é azarado vai ter uma gigantesca mão de obra mas vai recuperar o que você quer desde que NÃO ESCREVA NADA NO DISCO. Você vai ter que usar o Diskedit que acompanha o Norton Utilities e pesquisar a nível de setores os dados contidos e salvar os dados para um disco que você possa escrever (i.e. um disco que não tem dados para salvar). A explicação desse procedimento é bastante longa e não vou escrever aqui. Sugiro que você compre o Norton Utilities em inglês (o manual é muito melhor ) e siga os passos de recuperação de dados pelo Diskedit. Use também esse procedimento se você recuperou dados pelo método 1 ( o unformat recuperou uma FAT ) mas não todos ( a FAT recuperada era antiga e muitos dados não ficaram acessíveis ) assim você poderá pelo Diskedit reaver os dados que ainda faltam.

Boa sorte.

Obs: Não se preocupe, a formatação que feita pelo comando Format é lógica, esta formatação visa a permitir o acesso ao disco pelo Unformat, e, como é evidente, essa formatação não apaga absolutamente nada, apenas coloca duas FAT's vazias.

O que fazer quando começam a aparecer setores defeituosos no meu HD? O que pode causar isso? É que sempre acaba aparecendo alguns aqui e complica tudo..

Bhagavata: Esses setores são causados por danos na superfície do HD, acabam aparecendo mais cedo ou mais tarde com o desgaste dele. O jeito é você passar um Scandisk ou outro programa de diagnostico periodicamente para que ele marque os setores defeituosos que forem aparecendo. Estes podem ser causados também por algum impacto forte.

Comprei um HD ATA 66 mas estou acahando ele lento, é verdade que eu tenho que usar um cabo especial? Existe ganho de velocidade ao usar este HD em ATA 66 ao invés de ATA 33?

Aurélio: Para operar nas especificações ATA 66 você precisa de um cabo de 80 vias. Os cabos de 80 vias reduzem o "cross-talk" e por isto as retransmissões de dados que perderam a integridade no percurso do HD até a interface IDE, feito através do cabo.

No entanto posso te garantir que o seu HD não está mais lento por estar usando o padrão UDMA 33 em vez do 66. O seu HD está longe de atingir o limite de 33 MB/s, portanto a interface ATA 33 não é gargalo ao desempenho. Observe que, mesmo em leitura seqüencial, o seu HD está muito longe de atingir os 33 MB/s permitidos pelo parão ATA 33. Veja, se a velocidade máxima de um carro é de 200 km/h tanto faz ele estar rodando em uma via cujo limite de velocidade é de 300 km/h como em uma em que o limite seja de 400 km/h. Ele jamais passará dos 200 em qualquer uma das duas.

Esta analogia é válida para os HD's, a interface ATA 66 pode ser gargalo no caso de HD's que no futuro sejam capazes de velocidades superiores à 66 MB/s, por exemplo: Usando na mesma interface, simultaneamente, dois HDs que sejam capazes, em leitura seqüencial, de atingir os 22 MB/s (o que resultaria em um total de 44 MB/s), neste caso a interface ATA 33 talvez venha a ser gargalo ao desempenho. Eu disse "talvez" porque a tecnologia IDE é fraca no que tange ao compartilhamento de dispositivos, as controladoras ficam nos próprios dispositivos (como os SCSI) mas o chipset IDE não gerencia bem a alternância de dados entre uma controladora e a outra, havendo um "delay" maior do que ocorre nos SCSI. Por isto, mesmo no caso de acesso simultâneo de discos hipoteticamente velozes como estes que eu citei seria possível que não houvesse ganho de desempenho ao migrar de ATA 33 para ATA 66 pois há a possibilidade de que o atraso decorrente da alternância entre as duas controladoras impedisse que o pico de 33 MB/s fosse atingido em qualquer dos dois modos, observe ainda que este "delay" é da própria tecnologia IDE e não há diferença entre o atraso que ocorre ao usar o Modo 4 (16 MB/s), ATA 33 ou ATA 66. Para finalizar lembro que existe uma diferença, mínima na prática, e esta diferença somente ocorre no caso dos dados já estarem presentes no buffer do disco rígido, neste caso a transferência destes dados se dará a velocidade maior em ATA 66 do que em ATA 33, mas esta diferença é irrelevante na prática, onde realmente se exije uso pesado dos discos, como no caso de acesso ao arquivo de troca ou na leitura de grandes arquivos multimídia, enfim, nos pontos onde a velocidade do HD é realmente relevante, seja ela seqüencial ou aleatória, e mesmo nos benchmarks de HD ela passa desapercebida.

Lembro ainda que o que importa nos testes de HD são os benchmarks físicos, aqueles onde é feita a leitura diretamente do HD, os benchmarks lógicos levam em consideração o cachê de disco feito pelo sistema operacional, neste caso é muito mais relevante a configuração do cachê de disco, a quantidade e velocidade da memória do sistema e a velocidade da memória do que a do HD em si, aliás nestes benchs a velocidade do hd é absolutamente secundária.



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